UMA FOTO DE FAMÍLIA HISTÓRICA


A bela fotografia de família (talvez devêssemos dizer Família, com “F” maiúsculo) que acompanha esta publicação foi feita no Castelo d’Eu – residência da Família Imperial Brasileira durante o exílio imposto pela República golpista de 15 de novembro de 1889 –, muito provavelmente por ocasião das Bodas de Prata, celebradas a 14 de novembro de 1933, do Príncipe Dom Pedro de Alcantara e da Princesa Dona Elisabeth de Orleans e Bragança, reunindo seus filhos, netos e demais familiares, todos representantes de algumas das mais antigas Dinastias da Cristandade.

Sentado à frente dos tios, bem no centro da imagem, está o Príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, então jovem de 24 anos de idade. Atrás do Imperador “de jure” do Brasil, conforme já foi dito, estão seus tios, o Príncipe Dom Pedro de Alcantara e a Princesa Dona Elisabeth, com a neta mais velha e afilhada, a Princesa Isabelle de Orleans (futura Condessa de Schöborn-Buccheim). À esquerda da Princesa Dona Elisabeth, sua cunhada, a Princesa Imperial Viúva do Brasil, Dona Maria Pia de Bourbon-Sicílias, mãe do Chefe da Casa Imperial do Brasil; e, à direita do Príncipe Dom Pedro de Alcantara, sua primogênita, a Condessa de Paris (futura Rainha “de jure” da França, nascida Princesa Dona Isabel de Orleans e Bragança), tendo ao colo seu segundo filho, o Príncipe Henri de Orleans (futuro Conde de Paris e Chefe da Casa Real da França).

No chão, junto ao Chefe da Casa Imperial do Brasil, estão sentados, da esquerda para a direita, o Príncipe Dom Duarte Nuno de Bragança, Duque de Bragança e Chefe da Casa Real e Rei “de jure” de Portugal (que viria a se casar com uma das filhas dos aniversariantes); os Príncipes Dom João e Dom Pedro Gastão de Orleans e Bragança, filhos do Príncipe Dom Pedro de Alcantara e da Princesa Dona Elisabeth; e o Príncipe Henri de Orleans, Conde de Paris e então Delfim da França, futuro Chefe da Casa Real e Rei “de jure” da França.

E por fim, de pé, ao fundo, estão, também da esquerda para a direita, as irmãs Princesa Dona Esperanza de Bourbon-Sicílias (futura esposa do Príncipe Dom Pedro Gastão) e Princesa Dona María de las Mercedes de Bourbon-Sicílias (futura Condessa de Barcelona e Rainha “de jure” da Espanha, mãe do Rei Dom Juan Carlos I e avó do Rei Dom Felipe VI da Espanha); a Princesa Dona Pia Maria de Orleans e Bragança (futura Condessa René de Nicolaÿ), irmã do Chefe da Casa Imperial do Brasil; a Princesa Dom Carlos de Bourbon-Sicílias (nascida Princesa Louise de Orleans, tia do Conde de Paris); as duas filhas mais novas dos aniversariantes, a Princesa Dona Thereza de Orleans e Bragança (futura Senhora Ernesto Martorell y Calderó) e a Princesa Dona Maria Francisca de Orleans e Bragança (futura Duquesa de Bragança e Rainha “de jure” de Portugal); Friedrich, 13º Príncipe de Hohenzollern, bisneto da Rainha Dona Maria II de Portugal e trineto do Imperador Dom Pedro I; a Infanta Dona Filipa de Bragança, irmã do Duque de Bragança; e a Princesa de Hohenzollern (nascida Princesa Margarete Karola da Saxônia, também bisneta da Rainha Dona Maria II de Portugal e, portanto, prima segunda de seu marido).

Todas as informações acima dispostas provam o quanto a Família Imperial Brasileira é sábia em manter zelosamente a bela tradição de seus maiores ao fazerem casamentos dinásticos. Afinal, as Dinastias europeias e de origem europeia são, de fato, uma grande família continental – na verdade, intercontinental –, o que bem demonstra o caráter federativo – na melhor acepção do termo – não só da Europa, mas de toda a Civilização Cristã, construída a partir de um trabalho conjunto de Reis e Imperadores, Santos e cruzados, fundadores de nações e pais de grandes estirpes que perduram até os dias de hoje.

Comentários