A Infância dos príncipes imperiais Brasileiros
A Infância dos príncipes imperiais Brasileiros
Príncipes Dom Luiz de Orleans e Bragança, Príncipe Imperial do Brasil, Dom Eudes e Dom Bertrand de Orleans e Bragança – então com sete, seis e quatro anos de idade, respectivamente – apareceram contentíssimos, com um lindo “brinquedo” que haviam encontrado.
O “BRINQUEDO” EXPLOSIVO
Em 1939, quando teve início a Segunda Guerra Mundial, a Família Imperial Brasileira – injustamente exilada desde a quartelada republicana de 15 de novembro de 1889 – achava-se residindo no Mas-Saint-Louis, em Mandelieu, no Sul da França. Perto do fim do conflito, conseguiu transferir-se para La Bourboule, região no interior do País, melhor protegida e abastecida, e por isso mesmo reservada às famílias numerosas.
Depois de encerrada a guerra na Europa, a Família Imperial pôde retornar ao Mas. Encontrou, porém, a região ainda muito perigosa, devido ao grande número de minas terrestres que os soldados alemães haviam deixado espalhadas, a fim de retardar o avanço das tropas aliadas.
Um dia, para o grande terror da mãe, a Princesa Consorte do Brasil, Dona Maria da Baviera de Orleans e Bragança, e da tia, a Princesa Dona Pia Maria de Orleans e Bragança, os pequenos Príncipes Dom Luiz de Orleans e Bragança, Príncipe Imperial do Brasil, Dom Eudes e Dom Bertrand de Orleans e Bragança – então com sete, seis e quatro anos de idade, respectivamente – apareceram contentíssimos, com um lindo “brinquedo” que haviam encontrado.
Tratava-se, na verdade, de uma granada de fabricação italiana; e um dos Principezinhos vinha com o dedinho posto dentro da argola, que, se puxada, detonaria o artefato, que só não explodiu, por certo, graças aos Anjos da Guarda dos Imperiais infantes.
Dona Maria imediatamente pegou aquilo e colocou no alto de um móvel, fora do alcance dos filhos. Quando, pouco depois, seu marido, o Príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, chegou, pegou a granada, colocou-a no bolso e foi, de bicicleta, entregá-la em um posto militar que havia ali perto. Mas o soldado de plantão recusou-se a recebê-la, dizendo que aquela era uma granada extremamente perigosa, que poderia explodir a qualquer momento, mesmo sem ser acionada... E disse a Dom Pedro Henrique:
– Faça com ela o que bem entender, aqui não pode deixar!
O Príncipe, então, só pôde levar a granada até um rio e jogá-la na água.
FONTE: SANTOS, Armando Alexandre dos. Dom Pedro Henrique, o Condestável das Saudades e da Esperança. 1º ed. São Paulo: Artpress, 2006, pp. 96-97.
Foto: Sua Alteza Imperial e Real o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Luiz de Orleans e Bragança, e seus irmãos, Suas Altezas Reais os Príncipes Dom Eudes e Dom Bertrand de Orleans e Bragança, na infância.
Em 1939, quando teve início a Segunda Guerra Mundial, a Família Imperial Brasileira – injustamente exilada desde a quartelada republicana de 15 de novembro de 1889 – achava-se residindo no Mas-Saint-Louis, em Mandelieu, no Sul da França. Perto do fim do conflito, conseguiu transferir-se para La Bourboule, região no interior do País, melhor protegida e abastecida, e por isso mesmo reservada às famílias numerosas.
Depois de encerrada a guerra na Europa, a Família Imperial pôde retornar ao Mas. Encontrou, porém, a região ainda muito perigosa, devido ao grande número de minas terrestres que os soldados alemães haviam deixado espalhadas, a fim de retardar o avanço das tropas aliadas.
Um dia, para o grande terror da mãe, a Princesa Consorte do Brasil, Dona Maria da Baviera de Orleans e Bragança, e da tia, a Princesa Dona Pia Maria de Orleans e Bragança, os pequenos Príncipes Dom Luiz de Orleans e Bragança, Príncipe Imperial do Brasil, Dom Eudes e Dom Bertrand de Orleans e Bragança – então com sete, seis e quatro anos de idade, respectivamente – apareceram contentíssimos, com um lindo “brinquedo” que haviam encontrado.
Tratava-se, na verdade, de uma granada de fabricação italiana; e um dos Principezinhos vinha com o dedinho posto dentro da argola, que, se puxada, detonaria o artefato, que só não explodiu, por certo, graças aos Anjos da Guarda dos Imperiais infantes.
Dona Maria imediatamente pegou aquilo e colocou no alto de um móvel, fora do alcance dos filhos. Quando, pouco depois, seu marido, o Príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, chegou, pegou a granada, colocou-a no bolso e foi, de bicicleta, entregá-la em um posto militar que havia ali perto. Mas o soldado de plantão recusou-se a recebê-la, dizendo que aquela era uma granada extremamente perigosa, que poderia explodir a qualquer momento, mesmo sem ser acionada... E disse a Dom Pedro Henrique:
– Faça com ela o que bem entender, aqui não pode deixar!
O Príncipe, então, só pôde levar a granada até um rio e jogá-la na água.
FONTE: SANTOS, Armando Alexandre dos. Dom Pedro Henrique, o Condestável das Saudades e da Esperança. 1º ed. São Paulo: Artpress, 2006, pp. 96-97.
Foto: Sua Alteza Imperial e Real o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Luiz de Orleans e Bragança, e seus irmãos, Suas Altezas Reais os Príncipes Dom Eudes e Dom Bertrand de Orleans e Bragança, na infância.
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