Carlos de Laet: O Escritor Brasileiro que ganhou o título de Conde Romano pelo Papa Leão XIII

 

Carlos de Laet: O Escritor Brasileiro que ganhou o título de Conde Romano pelo Papa Leão XIII

Carlos Maximiliano Pimenta de Laet (1847-1927), foi um jornalista, professor e poeta brasileiro. Era filho de Joaquim Ferreira Pimenta de Laet e de Emília Ferreira de Laet. Aos 14 anos matriculou-se no 1º ano do Colégio Pedro II. Laureado bacharel em Letras, matriculou-se na Escola Central, depois Politécnica. Formado em Engenharia, não seguiu a carreira preferindo voltar-se para o magistério e o jornalismo. Em 1873, fez concurso no Colégio Pedro II para a cadeira de Professor de Português, Geografia e Aritmética, disciplinas que formavam o primeiro ano do curso. Foi professor dos Príncipes Pedro de Alcântara de Orleans e Bragança e de Pedro Augusto de Saxe Coburgo e Bragança.

Laet foi testemunha ocular da Queda da Monarquia, Escrevendo: "No dia 15 de novembro , quando ainda o povo brasileiro ignorava o que da sua soberania tinham feito as classes armadas , vi passar em rápido trânsito , na Rua do Passeio , a carruagem que ao Paço da Cidade transportava o Imperador e a Imperatriz : ela visivelmente impressionada a olhar por uma das portinholas do carro, ele, o Imperador, tinha expressão de serenidade e calma, como se tudo estivesse na mais perfeita normalidade naquele dia fatídico, quando o destino da nação foi decidido por uns poucos homens armados"

Manteve-se monarquista e fiel ao culto de D. Pedro II. Foi o autor dos famosos Sonetos do exílio" em homenagem ao último Monarca Brasileiro. Foi demitido do cargo de professor por Benjamin Constant após protestar contra a mudança do nome "Colégio Pedro II,* para o de "Instituto Nacional de Instrução Secundária" em 1890. Laet deixou uma deixou uma vasta produção de páginas sobre arte, história, literatura, crítica de poesia e crítica de costumes entre 1876 a 1925 na Impressa.

Por suas convicções monarquistas sofreu perseguição também em 1893, por ocasião da revolta da Armada. O jornalista refugiou-se então em São João del Rei, onde dedicou-se a escrever o livro "Em Minas". Católico fervoroso, foi um dos maiores intelectuais leigos católicos da história do Brasil, foi presidente do Círculo Católico da Mocidade, sendo-lhe conferido pelo Vaticano o título de Conde de Laet, após escrever mais de 3000 artigos e livros contra o protestantismo e a favor do ultramontanismo, como os títulos: "Heresia protestante ; polemica com um pastor presbyteriano" e "O frade estrangeiro" foi Laet que públicou no Brasil pela primeira vez a famosa encíclica "Rerum novarum"

Por sua militância Católica, Laet ganhou o apelido de "Jararaca de Sacristia" por seus colegas anti-clericais da Academia Brasileira de Letras, que ajudou a fundar em 1897. Carlos de Laet faleceu em 1927 aos 80 anos de idade. Fonte: História do Catolicismo no Brasil - volume II: 1889-1945. Dilermando Ramos Vieira/O pensamento católico no Brasil. Antonio Carlos Villaça 


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